segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Cupido & Psiquê


" Quanta lenda tão bela, outrora nesse dia
Longínquo em que a razão tomava à fantasia A asa multicor e, entre areias de ouro, O rio carregava um líquido tesouro!
Quando a mulher sem par, beleza peregrina,
Que de sofrer e amar e lutar teve a sina,
A terra percorreu, exausta, noite e dia,
À procura do Amor, que só no céu vivia!"
(Harvey)

"Ode a Psique"

Ó mais bela visão! Ó derradeira imagem
Da estirpe celestial, da olímpica linhagem!
Mais bela que Diana livre de seu véu
E que Vésper erguida entre os astros do céu!
Que, no Olimpo, pudeste reluzir e ofuscar,
Embora sem um templo, embora sem altar!

(Keats)

Eis a prova, que o amor por mais estranho e impossível que pareça, pode dar certo. (Psiquê era uma mera mortal, tão linda que despertava a fúria das Deusas. Ao ser mandado com a missão de fazer a mortal se apaixonar por ele, culpido acaba por se encantar primeiro. E daí surge o inaceitável para os deuses: Uma mortal tornar-se imortal por um capricho. Mas como o amor de ambas as partes- já que Psiquê também se apaixonou, ao ver culpido, escondida- era intenso, culpido conseguiu, após muito pressionar, que Júpiter consentisse o casamento, e eis que Psiquê sobe aos céus. Por isso faz sentindo a frase final de Keats)



3 comentários:

  1. "subir aos céus", não significa que se tornará uma DEUSA.

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  2. hehe.... quem diria q eu ia te encontrar aqui pela blogosfera também. haushaushuahsa... beijos e comenta lá no meu.

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