Longínquo em que a razão tomava à fantasia A asa multicor e, entre areias de ouro, O rio carregava um líquido tesouro!
A terra percorreu, exausta, noite e dia,
À procura do Amor, que só no céu vivia!"
(Harvey)
"Ode a Psique"
Ó mais bela visão! Ó derradeira imagem
Da estirpe celestial, da olímpica linhagem!
Mais bela que Diana livre de seu véu
E que Vésper erguida entre os astros do céu!
Que, no Olimpo, pudeste reluzir e ofuscar,
Embora sem um templo, embora sem altar!
(Keats)
Eis a prova, que o amor por mais estranho e impossível que pareça, pode dar certo. (Psiquê era uma mera mortal, tão linda que despertava a fúria das Deusas. Ao ser mandado com a missão de fazer a mortal se apaixonar por ele, culpido acaba por se encantar primeiro. E daí surge o inaceitável para os deuses: Uma mortal tornar-se imortal por um capricho. Mas como o amor de ambas as partes- já que Psiquê também se apaixonou, ao ver culpido, escondida- era intenso, culpido conseguiu, após muito pressionar, que Júpiter consentisse o casamento, e eis que Psiquê sobe aos céus. Por isso faz sentindo a frase final de Keats)